Quando chegamos ao hotel, eu não acreditava que de la podia ver o Coliseu. Mesmo depois de vinte piscadas, continuava não acreditando! Eu estava em Roma, um dos lugares que eu mais tinha vontade de conhecer, fascinada pelas historias e ruinas do Imperio Romano, reconstituido em varios documentarios do Discovery Channel (eu amo o Discovery Channel). Como diz o Julio, parece um outro mundo bem distante da nossa realidade.
Nos instalamos no hotel e ja saimos para dar um passeio. O Coliseu "nos chamava", não tinha como esperar o outro dia...então fomos ver de perto (e ainda assim eu continuava não acreditando!). Como diz a Tarsila, "os monumentos na Italia são tão grandes que chega a ser estupido". Uma maneira de expor nossa emoção cada vez que nos deparamos com tamanha grandiosidade. E pensar que aquelas são as ruinas, que o tamanho natural era muito maior!
Um pouco de historia e algumas coisinhas que eu não sabia:
O Coliseu, ou o Anfiteatro Flavio, podia abrigar cerca de 70.000 pessoas e a arquibancada era subdivida em quatro setores. Apesar dos ingressos serem gratuitos a todos (o imperador queria "distrair" as revoltas sociais dando esse presente ao povo romano), cada setor separava rigorosamente as pessoas em categorias. A tribuna imperial era reservada aos senadores e magistrados; o segundo setor era para a classe alta; o terceiro para a classe média e a quarta zona era exclusivamente para as mulheres e para a parte mais pobre, que assistiam aos espetaculos em pé. Quanto menos importante na sociedade, mais escadas você tinha que subir. E como colocar 70000 pessoas la dentro? Os arcos eram numerados e correspondiam aos numeros encontrados nos bilhetes (era gratuito mas as pessoas passavam o dia inteiro na fila para pegar os bilhetes, pois so podiam entrar com eles em mãos). Além disso havia mais de 160 saidas.
Um toldo de tela enorme manejado por marinheiros protegia todos do sol e uma rede metalica em torno da arena servia como grade de proteção (por isso não tinham medo de ficar tão perto das feras!).

A mesma foto tirada quase à noite e no outro dia de manhã. Na minha opinião, os monumentos ficam mais bonitos e magicos durante a noite.


A arena era de madeira e não necessariamente apresentava combates entre gladiadores e animais como muitos pensam, mas também a caça de animais ferozes e exoticos trazidos da Africa (rinocerontes, girafas e avestruzes, entre outros), representações de historias mitologicas e outros pequenos espetaculos. Embaixo da arena ficavam presos os homens e animais (levados ao palco atraves de elevadores com sistema de contrapesos), e guardados os equipamentos necessarios aos espetaculos. 
Um mito é o sinalzinho de positivo e negativo que o imperador fazia para ordenar o destino dos gladiadores. Esse sinal nunca existiu, ele fazia um movimento horizontal com o braço, passando o dedão pela garganta, quando queria dizer que o gladiador deveria ser morto. E quem decidia o destino era o publico; o imperador apenas fazia um gesto simbolico e oficial (afinal de contas, ninguém era louco de ir contra 70 mil pessoas). Me vejam em uma tentativa frustrada de representação do sinal do imperador!
Eu num calor infernal mas morta de felicidade de ter conhecido o Coliseu!

Visita ao Forum Romano
Ainda bem que temos os documentarios do Discovery Channel para tentar entender como era Roma no passado. A verdade é que sem um mapa e/ou um guia para andar pelo Forum Romano, é praticamente impossivel de reconhecer alguma coisa. A gente chega a ficar meio frustrado tentando reconhecer as ruinas que, se não tivessem tamanha importância historica, poderiam bem ser chamadas de "um monte de pedras espalhadas ao azar" (fora algumas colunas que sobrevivem).
Abaixo algumas fotos, e pouca coisa que eu conheci reconhecer.
Este é o Arco de Constantino, perto do Coliseu. Foi o ultimo monumento a ser construido. Realizado no ano 312 depois de Cristo pelo Senado e pelo povo Romano, foi feito para homenagear o imperador que libertara Roma do ultimo "tirano" (Massêncio).

O Arco de Tito, construido para celebrar o triunfo do imperador em Jerusalem.
As supostas cabanas de Romulo e Remo
Vista da Casa das Vestais (o lugar onde tem grama era o patio da casa), observada do Monte Palatino. Esta era a residência oficial das sacerdotisas encarregadas de manter o fogo sagrado aceso no templo, supervisionando também os ritos ligados a este ambiente. As sacerdotisas eram sempre em numero de seis, escolhidas pelo Pontifice Maximo, e tinham que conservar a virgindade por 30 anos (entravam no sacerdocio quando tinham entre 6 e 10 anos). Quem deixasse o fogo apagar ou traisse o voto de castidade era sepultada viva com um pedaço de pão e uma tocha num pequeno ambiente subterrâneo, chamado "Campo da vergonha", fora das muralhas da cidade. 

Templo do Divo Romulo e a porta em bronze é a original.
Templo de Antonino e Faustina. Foi construido pelo Imperador Antonino em memoria a sua esposa morta. Depois que ele morreu, o Senado romano dedicou também ao imperador. So conseguiu chegar em bom estado de conservação até hoje, pois foi convertida em igreja com o passar do tempo.

As supostas cabanas de Romulo e Remo
Vista da Casa das Vestais (o lugar onde tem grama era o patio da casa), observada do Monte Palatino. Esta era a residência oficial das sacerdotisas encarregadas de manter o fogo sagrado aceso no templo, supervisionando também os ritos ligados a este ambiente. As sacerdotisas eram sempre em numero de seis, escolhidas pelo Pontifice Maximo, e tinham que conservar a virgindade por 30 anos (entravam no sacerdocio quando tinham entre 6 e 10 anos). Quem deixasse o fogo apagar ou traisse o voto de castidade era sepultada viva com um pedaço de pão e uma tocha num pequeno ambiente subterrâneo, chamado "Campo da vergonha", fora das muralhas da cidade. 

Templo do Divo Romulo e a porta em bronze é a original.
Templo de Antonino e Faustina. Foi construido pelo Imperador Antonino em memoria a sua esposa morta. Depois que ele morreu, o Senado romano dedicou também ao imperador. So conseguiu chegar em bom estado de conservação até hoje, pois foi convertida em igreja com o passar do tempo.

O Circo Maximo era destinado às corridas de carruagem e podia abrigar até 300.000 espectadores de uma so vez (muito maior que o Coliseu!). A decoração incluia obeliscos egipcios e a arena era dividida em duas metades; ao seu redor corriam as carruagens na tentativa de completar as sete voltas normalmente previstas durante as competições. Li que eles tinham constantes problemas com a estrutura das arquibancadas e quedas eram frequentes provocando a morte de milhares de pessoas de uma vez. Acredita-se que tenham morrido 1112 pessoas numa queda em um periodo, e "so" 13.000 espectadores em outro!!
Como vocês podem ver, não sobrou um pedacinho pra contar historia (foi abandonado, pilhado e degradado aos poucos). Hoje, esse espaço é usado pela população que faz cooper, joga futebol, brinca com as crianças e passeia com seus respectivos cachorros..

2 comentários:
ahhhh, grande coisa. Em Uberlandia também tem Coliseu e vc nunca quis ir..pq? O daí é realmente mais bonito? Pelas fotos n dá pra ter certeza kkkkkkkkk
Volta logo pra ca que a gente ta morrendo de saudade. Te amo
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