O campo de concentração Sachsenhausen fica perto de Berlim e, ao contrario de Auschwitz, tinha como proposito a prisão e tortura de oponentes politicos; so depois abrigou grupos considerados racialmente ou biologicamente inferiores (ciganos, judeus, homossexuais, condenados, testemunhas de jeova, etc).
Os Testemunhas de Jeova eram os que mais tinham "moral" junto aos soldados nazistas, pois mesmo com as condições super precarias dos campos de concentração a maioria seguiu seus principios religiosos de "não roubar" e de "não mentir", e por isso eram escolhidos para a limpeza das casas dos soldados fora do campo (por exemplo).
A primeira reação que a gente tem é sair tirando foto de tudo logo depois das explicações do guia (mesmo que os vestigios sejam poucos). Mas depois que revi as fotos, me senti culpada por estar fazendo o turismo do terror, senti que não era certo e resolvi que não so nao vou colocar as fotos aqui, como vou deletar da maquina.
As condiçoes de higiene, as experimentações cientificas, a tortura, a humilhação, o processo de desumanização que acontecia ali...durante todo o tour (que durou seis horas), a mesma pergunta: Como? Como???
Nos indagamos como reagiriamos se viveramos naquela época, ja que muitos, mesmo totalmente contrarios ao regime de hitler, ficaram em silêncio absoluto temendo por seus filhos, por suas familias. E muitos outros que romperam o silêncio passaram para o lado de dentro do campo, sendo automaticamente considerados inimigos politicos. Como você reagiria??
Uma das casas que abrigavam os presos (aquelas freqûentemente vistas nos filmes) foi conservada e sobreviveu a um incêndio provocado por neonazistas (olha que palhaçada). Parte dela é um pequeno museu de memorias e testemunhos das vitimas sobreviventes e não sobreviventes (onde é proibido tirar fotos). Você pode ouvir os testemunhos, todos muito interessantes e comoventes, vale muito a pena.
Me lembrei de uma coisa que li em um memorial aqui em Paris, quem escreveu foi Sartre.
"E a escolha que cada um fez de sua vida e de si mesmo era autêntica pois se fazia na presença da morte."
2° Guerra Mundial, nazismo..."perdoar, não esquecer".
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